Artigo original: http://psychedelicfrontier.com/2013/05/dmt-found-in-the-pineal-glands-of-live-rats/
Tradução: Equipe DMT Brasil
A Cottonwood Research, uma fundação dedicada a estudar a consciência e liderada por Rick Strassman, está publicando um estudo que confirma a existência (e eles argumentam, a produção) de dimetiltriptamina nas glândulas pineal de ratos. Isso alicerça o caminho para mais pesquisas determinarem se o DMT endógeno nos humanos também é originado na glândula pineal, como tem sido especulado por Strassman e outros pesquisadores. Do site deles:
"Nós estamos excitados de anunciar a aprovação para publicação de um artigo documentando a presença de DMT na glândula pineal de roedores vivos. O artigo vai aparecer no jornal Biomedical Chromatography e descreve os experimentos que foram feitos no laboratório do Dr. Jimo Borjigin na University of Michigan, onde as amostras foram coletadas...
A glândula pineal tem sido um objeto de grande interesse em relação a consciência durante milhares de anos, e uma fonte de DMT na pineal poderia ajudar a dar suporte ao papel dessa glândula enigmática nos estados unusuais de consciência. Uma pesquisa na University of Wisconsin demonstrou recentemente a presença da enzima que sintetiza DMT assim como a atividade do gene responsável por essa enzima na pineal (e na retina). Nossa nova pesquisa agora estabelece que a enzina produz ativamente DMT na pineal.
O próximo passo é determinar a presença do DMT no fluido cérebroespinhal, o fluido que banha o cérebro e a pineal. O fluido cérebroespinhal é uma rota possível para o DMT sintetizado na pineal efetuar mudanças no cérebro. Estabelecendo com sucesso a presença de DMT nessa glândula adiciona-se outro elo na cadeia entre a pineal e a consciência, e abre-se novos caminhos para pesquisa."
É importante realizar que esse é apenas um estudo, ainda a ser publicado, revisado e replicado por outros cientistas. Nós ainda não temos o texto do estudo para examiná-lo em detalhes. Até eu ter mais informações sobre o estudo e outros laboratórios estarem aptos a replicar os resultados, eu continuo cético, mas otimista.
Vários estudos já estabeleceram a existência de DMT endógeno em humanos, juntamente com muitas outras espécies de plantas e animais. Ainda continua difícil identificar seu ponto de origem, no entanto, devido ao seu rápido metabolismo. DMT ocorre em quantidades ínfimas (traços) e é prontamente quebrada pela monoamina oxidase, uma enzima comumente encontrada nos corpos dos animais. Não está claro qual propósito biológico o DMT serve em todo organismo, especialmente porque ele ocorre em níveis muito abaixo das doses recreacionais.
A pineal é uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro. Ela produz melatonina, uma hormônio envolvido na modulação do humor, ritmo circadiano, e mudanças sazonais no corpo. Mistérios sempre envolveram esse pequeno órgão e sua função ainda não é completamente compreendida, como essa pesquisa deixa aparente. René Descartes mesmo especulou que a glândula pineal é a "morada da alma", a interface onde a mente encontra o cérebro.
Aqui está mais informação sobre o estudo da University of Wisconsin mencionado acima, cortesia do Wikipedia (não confundir com o estudo novo, que concerne a ratos). Esse estudo anterior lançou as bases para uma investigação maior demonstrando a existência da enzima INMT, que é capaz de sintetizar DMT, em tecidos de primatas.
"Em 2011, Nicholas V. Cozzi, da Escola de Medicina e Saúde Pública da University of Wisconsin, concluiu que o INMT, uma enzima que pode estar associada com a biossíntese de DMT e alucinógenos endógenos, está presente na glândula pineal de primatas (macaco rhesus), neurônios ganglionares da retina e na medula espinhal[105]. Em agosto de 2012, Steven Barker, Ethan McIlHenny e Rick Strassman desenvolveram um novo método para medir os três alucinógenos endógenos conhecidos e os seus principais metabólitos óxidos no sangue, urina, fluido cérebroespinhal, fluido ocular e/ou outros tecidos utilizando o equipamento de cromatografia líquida com espectrometria de massa (GC-MS). Pela primeira vez na história, eles foram capazes de detectar o N-óxido-DMT metabólito no sangue e na urina [106]."